Galp italiana? ENI quer 100% ou sai


As notícias vindas a público hoje (31 de Julho de 2008) sobre o "encostar à parede" ao Governo por parte da ENI: ou detém os 100% da companhia portuguesa Galp ou sai.

A minha opinião é: SAIA!

O Governo, nos limites existentes, não deve abrir mão de uma empresa como a Galp para fora de controlo nacional. E isto não se trata de colocar o Governo a "controlar o mercado", trata-se de procurar assegurar que haja um "core" de empresas fundamentais para o País, que mantenham o seu centro de decisão em Portugal e em gestão portuguesa.

Áreas energéticas, banca, saúde, telecomunicações e utilities são alguns dos exemplos que o Governo deverá ter atenção para que não seja totalmente controlado por estrangeiros. Estas são as áreas empresariais que podem assegurar os serviços mínimos do País.

O fenómeno da globalização tem muitas vantagens, mas ao mesmo tempo muitas desvantagens. Cabe-nos, e em particular à Administração do nosso País (o Governo), minimizar as desvantagens e potenciar as vantagens.

No mercado global é sabido que as multinacionais não têm país (o que é compreensível), pelo que há que saber trabalhar nestas condições.

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