
- José Sócrates que estava com algum receio do formato de debate conseguiu passar incólume e provavelmente reforçar o seu peso junto do eleitorado. Se perante Paulo Portas o debate esteve equilibrado, com vantagem para Paulo Portas nas contas finais, nos outros debates conseguiu com a sua capacidade política (para quem gosta) encostar às redes os seus adversários políticos. A forma como "entalou" e "desmistificou" Francisco Louçã deve ficar para a história;
- Manuela Ferreira Leite esteve à sua imagem. Isto é, os debates passaram e ela mantém o seu rumo, dizendo o que sente, com o desequilibrio de oratória que a caracteriza, mas ... aguentou-se. Sim, aguentar-se foi o que ela melhor fez, pois o debate directo não é o palco onde ela se move melhor. MFL orienta-se melhor provavelmente em debates técnicos e não políticos. Creio que os debates não a favoreceram, pois Portas e Sócrates conseguiram marcar as suas posições e não deixar alargar o espaço do PSD nestes dois redutos;
- Paulo Portas é claramente o que melhor se sente neste tipo de debates. Conseguiu passar as suas mensagens, conseguiu marcar o terreno que procura. Foi em crescendo na forma dos debates. Se com Sócrates esteve um pouco melhor que o seu adversário, com os restantes colocou-os "no canto" e nalgumas situações esmagou. Se estes debates se traduzem em votos para o CDS, dia 27 veremos. Se fosse linear haveria certamente um crescimento para valores acima dos 10% merecidamente, mas ... ;
- Francisco Louçã quanto a mim foi o maior derrotado. Chegou com a áurea de ser "Cristiano Ronaldo" em debate, mas saiu como um mero jogador dos escalões secundários. Finalmente começa a vir ao de cima o irrealismo existente do BE. Esmagado e colocado a gaguejar por Sócrates, demonstrada a sua irresponsabilidade política e irrealismo de propostas governativas perante o debate com Portas, e, espante-se, mesmo com Ferreira Leite, Francisco Louçã saiu pela porta pequena! Se os debates contassem o BE voltava aos 5%, mas ... o marketing BE é forte e consegue apenas mostrar a "rama" das suas propostas e não a raíz que levaria o país à falência total;
- Jerónimo de Sousa? uhm... pois esteve por lá. Sim, marcou o seu terreno e nem de lá quis sair. O PCP mantém o seu rumo e a sua CGTP é que conta.
Conclusão e pegando na moda de dar notas aos alunos, se isto fosse na escola, de 1 a 20:
- Portas - 17
- Sócrates - 15
- MFL - 12
- Jerónimo - 10
- Louçã - 7
Comentários